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domingo, 18 de março de 2012

Nome do dia: Edgar

Nome do dia

Edgar

Este é com certeza um nome consensual, que agradará a todos e que respeita todos os requisitos formais: não tem acentos ou cedilhas, é curto, é facilmente reconhecível, mesmo internacionalmente, é bem sonante, com duas vogais abertas, e está longe de ser banal.

Trata-se de um nome de origem anglo-saxónica. A sua forma original seria Eádgár, que é uma palavra composta pelos elementos “ead”, que significa “fortuna”, “sorte”, “riqueza”, e “gar”, que significa “lança”. Portanto, Edgar quererá dizer “lança da fortuna” ou, por extensão, “guardião da prosperidade”, o que será de bom augúrio para o gaiato. Aliás, a minha investigação leva-me a crer que Edgar corresponde a uma forma arcaica de Eduardo, o que calha bem, considerando a popularidade que este nome Eduardo tem no lado da avó materna do gaiato (NOTA DOS EDITORES: bem como do lado do avo paterno). 

Em Portugal, o mais distinto Edgar talvez seja aquele que fazia parte da mais famosa das espetaculares seleções nacionais de hóquei em patins, nos anos 50: Emídio Pinto, Raio, Edgar, Jesus Correia e Correia dos Santos, os cinco violinos do hóquei em patins. Encontrei uma foto histórica, sobretudo para quem cresceu ouvindo estes nomes nos relatos do Artur Agostinho na Emissora Nacional, anualmente, por altura dos europeus ou mundiais de hóquei em patins:

 

O Edgar é o do canto inferior direito.

À escala mundial, o Edgar mais notável é o Allan Poe. Isto coloca o nosso nome de hoje na mesma linha do de ontem, na classe dos grandes poetas. Encontramos a coleção completa dos seus poemas aqui: http://www.poetryloverspage.com/poets/poe/poe_ind.html. Um dos mais conhecidos é o “The Raven”, que começa assim:

Once upon a midnight dreary, while I pondered, weak and weary,
Over many a quaint and curious volume of forgotten lore,
While I nodded, nearly napping, suddenly there came a tapping,
As of some one gently rapping, rapping at my chamber door.
"'Tis some visitor," I muttered, "tapping at my chamber door,
Only this, and nothing more."

Ah, distinctly I remember it was in the bleak December,
(…)


Em português fica assim:

Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de alguém que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais."

Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
(…)


Não, não fui eu que traduzi: foi o tio Fernando Pessoa, http://www2.dem.ist.utl.pt/~jsantos/Literature/O_Corvo.html.

Beijinhos

P

1 comentário:

  1. Mandei esta descrição ao meu amigo Edgar, e eis o seu comentário: "Faço votos por que seja o escolhido! Mas aviso já que (i) o mais certo é o miúdo acabar conhecido por “Edson”, “Eddy” ou “Ed” e (ii) as avós dos amigos vão invariavelmente chamá-lo “Ildegar”… =)"

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