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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Nome do dia: Xavier

Nome do dia

Xavier

Ao contrário de maior parte dos outros nomes próprios, Xavier não tem significado autónomo. É meramente o nome de uma pequena localidade espanhola, na província de Navarra. A vila de Xavier é famosa sobretudo por ter sido o local onde em 1506 nasceu Francisco de Jasso y Azpilicueta, que em 1541 havia de ser enviado pelo nosso rei D. João III, o Piedoso, para o oriente, com a missão de espalhar a fé cristã pelos territórios que os portugueses haviam descoberto. O jovem Francisco de Jasso y Azpilicueta revolou logo uma grande dose de sensatez ao optar por ser conhecido mais simplesmente por Francisco de Xavier.

É público e notório que Francisco de Xavier teve grande êxito na sua missão, pois a Igreja Católica canonizou-o em 1662, com o nome hagiográfico de São Francisco Xavier, e considera-o “o apóstolo do oriente”. A Igreja estima ser ele o número 2 no ranking dos santos que mais conversões conseguiram, em todos os tempos, apenas suplantado por São Paulo, mas este tinha a vantagem de falar a língua dos nativos, coisa que não acontecia com Azpilicueta.


Em espanhol o nome da povoação que em português chamamos Xavier é Javier e em basco é Xabier. Etimologicamente, a palavra provém da expressão basca etxe berri significa casa nova, etxe = casa, berri = nova. Não parece haver relação entre este significado e a atual Xavier, isto é, não consta que lá exista alguma casa nova digna de referência. O que há é um castelo, o castelo de Xavier:



Que gaiato não gosta de ter um castelo com o seu nome?

Xavier só começou a ser usado como nome próprio em meados do século XVIII, algum tempo depois da canonização, portanto. Desde então, espalhou-se pelos países católicos, e é muito popular em Espanha e na América de língua espanhola. É verdade que existem outros nomes parecidos com Xavier, mais antigos, mas não têm nada a ver e não devem ser confundidos. Um deles é o muçulmano Jafar, de origem hindu, que significa “riacho” (pequeno rio) ou “aquele que protege” (o que nós hoje chamaríamos “guarda-costas”), consoante as fontes.

O Jafar mais conhecido é o bruxo Jafar, antagonista de Aladino no filme da Walt Disney, http://www.imdb.com/title/tt0103639/, sempre maleficamente inventando novas trapaças para conseguir roubar a Aladino a lâmpada mágica, e através dela alcançar o poder em Agrabah, roubando o trono ao sultão, pai da princesa Jasmine, a qual é, por assim dizer, a namorada de Aladino. Jafar não é um personagem simpático, mas tem um certo encanto, por oposição ao bom-rapazismo do Aladino, e o nosso Xavier há de gostar muito das máscaras de bruxo que a mãe e as avós lhe hão de arranjar pelo carnaval e pelo halloween.


Outro nome parecido com Xavier é Severo, que é auto-explicativo. Este nome é bem mais antigo, e todos conhecemos o imperador Sétimo Severo, que governou Roma entre 193 e 211. Ainda hoje, quando vamos a Roma, lá vemos o arco do triunfo que os romanos construíram em sua honra, após as brilhantes vitórias militares na guerra contra os Partas.


Quando em Roma, convém não esquecer de seguir o conselho da nossa perita em assuntos romanos, a tia Kate, e ir comer uma piza ao Baffetto:


Portanto, o nosso Xavier, à míngua de ter um nome com significado próprio, pode optar por um destes alter-egos. Aliás, nesta senda, e atendendo à etimologia basca da palavra Xavier, encontramos Giacomo Girolamo Casanova, autor e aventureiro italiano do século XVIII. Casanova esteve várias vezes em Roma e, ao que consta, era cliente habitual do Baffetto (joke).




Se bem que Casanova seja geralmente avaliado em termos depreciativos, com fama de conquistador inveterado, a verdade é que é um personagem interessante, e não parece tão mau como geralmente o pintam. Aliás, nem sequer era muito gabarola: afirma ter tido 122 namoradas ao longo da sua vida. Atendendo a que começou cedo, com 11 anos, e que morreu com 73, isso dá menos de duas por ano, em média, resultado relativamente modesto para os padrões atuais. Basta pensar na Carrie (Andie MacDowell) do filme Quatro Casamentos e um Funeral, http://www.imdb.com/title/tt0109831/, que aos trinta e poucos anos já contabilizava 32 namorados, para grande estupefacção e engraçado embaraço de Charles (Hugh Grant).






Fora-da-lei, rebelde, espião, lendário, são os epítetos usados para caracterizar o Giacomo Girolamo no filme Casanova, de 2005,http://www.imdb.com/title/tt0402894/, com Heath Ledger, o malogrado jovem ator australiano, no papel do protagonista,http://pt.wikipedia.org/wiki/Heath_LedgerWatch the trailerhttp://www.youtube.com/watch?v=Hzs_uDZUYzY. Não vi o filme, mas pelo trailer, o Giacomo parece realmente um tipo bastante simpático e percebe-se que as miúdas gostem dele.

Ainda neste agradável setor das relações com o sexo oposto, se o Giacomo era o super-galã do século XVIII, esse título pertence, nestes anos iniciais do século XXI, a um outro Casanova, na circunstância a um Xavier, o Bardem. Basta recordá-lo no filme de Woody Allen, Vicky Cristina Barcelona, onde o pobre, no papel do atrapalhadíssimo Juan António, não sabe para onde se há de virar: se para a Vicky (Rebecca Hall), se para a Cristina (Scarlett Johansson), se para a Maria Elena (Penélope Cruz). Tal como ao Sérgio Godinho,“vem-nos à memória aquela frase batida” da mãe do gaiato, que, temos a certeza, o Juan António terá repetido a si próprio muitas vezes: “a minha vida é um sacrifício!”. Watch the trailerhttp://www.youtube.com/watch?v=39PuFOTjtk8.


Curiosamente, encontramos no concelho de Tavira, onde os pais do gaiato deram o auspicioso nó, uma simpática localidade chamada precisamente Casa Nova, que fica perto da também famosa Zorrinhos de Cima, ambas na freguesia de Cachopo. Portanto, para o nosso Xavier visitar Xavier não precisa de ir a Navarra, basta ir à serra do Caldeirão: sai de casa do avô em Faro para norte pela estrada nacional 2, até ao Ameixial. Aí vira para nascente pela nacional 504 em direção a Corte do Ouro e depois Cortes João Marques. Em Cortes João Marques continua para norte, sempre pela 504, e a uns cinco quilómetros mais à frente, can’t miss it, terá à sua frente Zorrinhos de Cima e à sua esquerda a sua terra, Casa Nova.




No regresso, o melhor é recuar até Cortes João Marques e aí virar à esquerda, para nascente, em direção a Mealha e depois a Cachopo. A meio caminho entre Mealha e Cachopo, verá uma pequena estrada do lado esquerdo. Se tiver tempo, valerá a pena ir por essa estrada até ao fim (são apenas uns dois quilómetros) onde encontrará o espetacular lugarejo Alcaria Pedro Guerreiro, terra de seu avô materno (not really…) Aliás dizer que Alcaria Pedro Guerreiro é um lugarejo é redundante, pois, como sabemos, a palavra alcaria, de óbvia origem árabe, significa precisamente “pequeno povoado”.



Retemperado pela visita às origens, o nosso gaiato voltará à estrada para Cachopo e daí seguirá para sul, pela nacional 397, sempre em frente até Tavira, e depois, pela 125 para Cabanas, claro, ainda a tempo de ir à praia dar um mergulho, antes do jantar que a mãe ou a avó com desvelo terão preparado.


Voltando ao nome Xavier, não espanta que, até agora, o Xavier mais famoso seja o santo. Em Lisboa há uma rua e uma freguesia com o seu nome, mas curiosamente a rua não fica na freguesia homónima, fica sim na rival freguesia de Santa Maria de Belém. Aliás, a rua São Francisco Xavier é paralela à rua Tristão de Cunha, que já encontramos anteriormente  e era nela que o avô materno e os seus amigos jogavam à bola, quando gaiatos. A baliza de cima ficava no enfiamento da rua 11 e a baliza de baixo no enfiamento da rua 7. Logo, a linha de meio-campo era no enfiamento da rua 9, agora chamada rua Álvaro Fernandes, precisamente a rua em que morava o avô. Era sempre melhor jogar a subir, porque se controlava melhor a bola, mas com atenção ao candeeiro perto da rua 9, que atrapalhava um pouco a estratégia atacante (se bem que nesse tempo esse conceito não fizesse parte do nosso léxico). Tínhamos de ter cuidado para não atirar a bola para o quintal do Zé Palmiro, porque a mãe dele, a Dona Palmira, não facilitava.




A freguesia de São Francisco Xavier é adjacente para norte à freguesia de Santa Maria de Belém. Recentemente esteve em destaque, precisamente pela inauguração da igreja de São Francisco Xavier, um templo moderno, com uma arquitetura muito arrojada:


Em matéria de igrejas relacionadas com São Francisco Xavier, temos de referir a velha basílica do Bom Jesus, em Goa, que os pais do gaiato certamente visitaram quando lá estiveram de férias e, quem sabe, lá decidiram dar ao seu primeiro rebento o formoso nome do santo cujas relíquias a basílica guarda.


Aliás,este será sem dúvida um nome escolhido consensualmente: o pai, sportinguista ferrenho, quererá com certeza secretamente homenagear Carlos Xavier, um ícone do seu clube, que fez quase toda a sua carreira de leão ao peito, tendo sido campeão na época de 1981-1982, precisamente a época que se seguiu ao nascimento do pai do gaiato, acontecimento que nisso deve ter tido alguma influência. A mãe, benfiquista moderada, não se oporá, porque associará Xavier a Abel Xavier, que jogou alguns anos no Benfica, e também na seleção, e que os portugueses nunca esquecerão, não por causa do seu penteado sui generis, mas por em desequilíbrio e involuntariamente ter posto mão à bola dentro da grande área durante o prolongamento da meia-final Portugal-França, no campeonato da Europa do ano 2000, com isso provocando um penalti que o Zidane não falhou, assim despachando imediatamente o jogo, por aplicação da regra da golo de ouro, em vigor na altura, tristemente arredando-nos da final, que todos já antecipávamos, até porque Portugal estava a jogar muito bem.

No período que mediou entre o santo e os dois futebolistas, o Xavier mais conhecido foi o Cugat, maestro espanhol-cubano, o rei da música latino-americana, que teve uma fabulosa carreira internacional, http://www.xaviercugat.com/. Durante vários anos, o Cugat foi o maestro residente da orquestra do hotel Waldorf-Astoria, em Nova Iorque, hotel onde os pais do gaiato costumam ficar quando visitam a grande metrópole norte-americana. É claro que os pais do gaiato não se cruzaram com o Cugat, mas suspeito que, sem saber, a ambiência do hotel tenha subliminarmente contribuído pela mútua afeição pelo nome do famoso maestro.

Oiçam só esta maravilha, a célebre canção Perfídia, na versão instrumental da orquestra do Cugat, http://www.youtube.com/watch?v=VtEXWP5JHEM. Tenho a certeza que, ao ouvir isto, o pai do gaiato imediatamente agarrará a mãe do mesmo, grávida e tudo, para dar imediatamente um pé de dança, no salão da sua mansão luxemburguesa. Mas não convém esquecer a letra, no belo idioma de Cervantes, que era afinal, também a língua do Xavier original, http://lyrics.wikia.com/Luis_Miguel:Perfidia . Eis um pequeno extrato, muito representativo:

Mujer,
Si puedes tu con Dios hablar,
Pregúntale si yo alguna vez
Te he dejado de adorar.

Y al mar,
Espejo de mi corazón,
Las veces que me ha visto llorar
La perfidia de tu amor...



E que tal o bem mais alegre Tico Tico? http://www.youtube.com/watch?v=sJcLUxKUOiQ. E o irresistível Mambo número 5,http://www.youtube.com/watch?v=-UIiYxXW32s.

Se bem que o nome Xavier, sem ter uma grande riqueza etimológica, seja um nome muito ilustre e com valorosos praticantes, a sua incontornável característica mais distinta é a inicial que ostenta, a letra xis, não só pela raridade de nomes próprios começados por esta formosa letra, como pelo seu incomparável significado cultural.




Este aqui acima é o X da Xerox, um dos xis mais icónicos do mundo.



Para nós, com formação matemática, a letra xis representa o desconhecido. Não o desconhecido absoluto, que nos amedronta, mas o desconhecido que nós queremos desvendar. Este metafórico significado provém de nós usarmos a letra xis para representar a incógnita nas equações. Por esta via, e generalizando, o xis representa aquilo que não sabemos e que, por aplicação da força do nosso raciocínio sistemático, conseguiremos descobrir. A escolha da letra xis para representar a incógnita é interessante: os matemáticos árabes usavam, não uma letra para isso, mas sim uma palavra que soa mais ou menos como “xei” e que significa “coisa” em árabe. Portanto, a incógnita era a “coisa”. Na adaptação dos compêndios árabes às línguas europeias (isto é, ao latim, suponho) em vez dos carateres árabes da tal palavra “coisa”, ter-se-á usado uma transcrição fonética, a qual depois, com o passar dos tempos, se foi reduzindo apenas à letra inicial, o xis.


Mais tarde, Leibniz, ao inventar a notação funcional f(x), deu ao xis uma outra dimensão. Se antes, o xis era a incógnita, agora o xis é também a variável que representa o argumento da função, isto é, que representa o objeto que é transformado pela função. Portanto, se a letra efe representa metaforicamente a mudança (já dizia Camões: todo o mundo é composto de mudança), a letra xis representa cada um de nós, que somos os agentes e os sujeitos dessa mudança permanente.

Note-se que a letra xis é a letra de mais difícil leitura em Português. Há que ter muito cuidado com isso. Na verdade, quem nunca tenha ouvido a palavra Xavier dita em português, mas conheça as regras da nossa língua, hesitará em pronunciar “chavier”, com o xis a valer “ch”, como em chave, ou “zavier”, com o xis a valer zê, como em exame, ou “kzavier”, com o xis a valer “cs”, como em tórax, ou “javier”, com o xis a valer “j, como em excesso, ou “savier”, com o xis a valer “s” ou “ce”, como em “próximo”. Este caráter misterioso do som do xis não deixa de ter uma conexão fascinante com a utilização do xis como incógnita em matemática.

Aliás, este mesmo caráter misterioso e fantástico do xis está presente no filme de animação X, http://www.imdb.com/title/tt0184041/, que conta a história de um rapazito, que se chama Kamui Shiro, mas que devia chamar-se Xavier, digo eu, que tem de decidir sobre o destino do mundo: ou se torna o dragão dos céus e salva a humanidade ou se torna o dragão da terra e destrói a civilização, para que o planeta possa recuperar de todos os estragos que a humanidade lhe causou. Watch the trailer:http://www.youtube.com/watch?v=MDJ2GYIoo1U.


Se o nosso gaiato vai certamente adorar ter um filme de animação com a sua inicial, vai delirar com ter um raio só para si, o raio X. De facto, o raio X foi identificado pelo cientista alemão Wilhelm Röntgen, o qual descreveu o raio num artigo científico publicado em 1895, com o titulo “Um novo tipo de raio: comunicação preliminar”. No texto, referia-se à radiação descoberta como X, para indicar que era um tipo novo, desconhecido, de radiação. O nome pegou, e ainda bem para o nosso Xavier. Refira-se que o primeiro prémio Nobel da Física, atribuído em 1901 foi para Röntgen, pela sua descoberta.


Todos esperamos que o nosso gaiato tenha uma infância muito feliz, com muita saúde, muita alegria e muitos brinquedos. Arrisco-me a adivinhar que o brinquedo preferido será a Xbox e não só porque tem não um mas dois xis:




Refira-se, a título de curiosidade, que o nome Xbox não era para ser. De facto, o nome pensado inicialmente era DirectX box, que fazia referência à tecnologia gráfica DirectX usada no produto. Durante o desenvolvimento, o nome DirectX box encolheu para Xbox. Os tipos do marketing da Microsoft não gostaram do nome (o pai do gaiato, perito no assunto, certamente fará um comentário a explicar porquê). Mesmo assim, deixaram o nome passar, juntamente com outras alternativas, mas só para provar que os consumidores nunca o escolheriam. Enganaram-se! Os estudos revelaram que este seria o nome preferido, de longe,http://en.wikipedia.org/wiki/Xbox_%28console%29.

Ainda no capítulo do lazer e da brincadeira, temos os X-Men, uma equipa de fantásticos super-heróis, de que o nosso X-Avier quererá fazer parte, dentro de pouco anos:


Sobre os X-Men, nada acrescento, por receio de que o gaiato muito em breve perceba que na verdade eu nem sequer sei quem são estes tipos.

Para além de todos os fatores relatados, que provam à saciedade que Xavier é um belo nome para um belo gaiato, o nome Xavier tem a grande vantagem suplementar ser um nome verbal: não só xavier poderia ser um verbo regular da segunda conjugação, como poderia ser uma forma verbal do verbo irregular xavir, derivado do verbo vir. O verbo xavir conjugar-se-á como o verbo vir: eu xavenho, tu xavéns, ele xavém, …; se eu xavier, se tu xavieres, se ele xavier, se nós xaviermos, se vós xavierdes, se eles xavierem. O verbo regular xavier também não é fácil: eu xavio, tu xavies, ele xavie, nós xaviemos, vós xavieis, eles xaviem; eu xavii (!!!), tu xavieste, ele xavieu, …; eu xavierei, tu xavierás, ele xavierá; etc. E no futuro do conjuntivo coincide com o verbo xavir, o que é deveras notável! Antecipo grandes tertúlias familiares, com todos dando palpites e ensinando o gaiato a conjugar o seu nome, e, por essa via, a conjugar toda a panóplia de verbos regulares e irregulares, o que mais tarde o gaiato há de agradecer, pois ter-lhe-á dado uma importante vantagem competitiva na escola primária, ainda que as línguas de instrução sejam o francês e o luxemburguês.

Resta discutir o significado do verbo xavier: parece-me que, atendendo ao significado etimológico, xavier só pode significar “ir morar para uma casa nova”. Portanto, quando os pais do gaiato se mudaram de Hanover para o Luxemburgo, poderiam sinteticamente ter anunciado: “vamos xavier para o Luxemburgo”. E não é que foram mesmo! ;-)




Por sinal, o Luxemburgo é o único país europeu que tem xis no nome, nalguma das suas línguas oficiais. Talvez os gaiatos com nome começado por xis tenham direito a subsídio.

Xavier, um nome com muitas histórias.

Beijinhos

2 comentários:

  1. Para tentar explicar melhor as razoes por detras tamanha aversao ao nome Xbox por parte do departamento de marketing da Microsoft recorri a um artigo que encontrei na internet e que descreve algumas das regras essenciais para a construcao de um nome de marca diferenciador e impactante.

    1. Simplicidade: Segundo estes autores uma das regras basicas para a escolha de um nome de marca impactante e o facto de ser simples. Neste aspecto devo dizer que os senhores do marketing da Microsoft estavam enganados quanto ao nome Xbox. Xbox para alem de ser facil de dizer, e muito facil de escrever o que a torna a marca muito simples de memorizar.
    2. Usar o nome nao para descrever o que a marca e, mas sim para a distinguir das outras marcas. No caso da Xbox este requisito e cumprido a risca. Xbox nao descreve de forma alguma qual o beneficio da marca e ao mesmo tempo distingue-se do seu principal rival Sony Playstation. Mission accomplished!
    3. Evitar uma sopa de letras. Segundo os mesmos autores os nomes compostos apenas por iniciais ou sem nome sao meaningless. E neste ponto certamente que os espertos do marketing da Microsoft se apoiaram para considerar que o nome Xbox nao seria sequer digno de consideracao. Na sua genese comeca apenas por uma letra X seguido da palavra box – ou seja e uma marca sem nome e o que a distingue e apenas uma inicial (bem sei que a inicial em causa e poderosa, mas nao para efeitos de branding). Aqui ha que dar razao ao marketing da Microsoft – e um nome que mais parece um nome de codigo interno do que propriamente uma marca que se quer impor no mercado dos jogos de video.
    4. Memorability: este e talvez o ponto mais controverso nesta analise do porque da recusa dos senhores do marketing da Microsoft em considerar Xbox como um candidato digno. Se no ponto 2 (simplicidade) ficou dito que o nome e, de facto, simples, e que isso o torna mais facil de ser memorizado, essa simplicidade nao pode ser levada a um extremo. Neste caso poderiamos considerar que Xbox e demasiado simplista, podendo ser traduzida como “uma caixa qualquer”, o que retira a dimensao de sonho, entretenimento ou descoberta que certamente os senhores do marketing da Microsoft desejariam imprimir a marca. Neste ponto estou inteiramente ao lado deles.
    5. Finalmente fica por saber que outros nomes foram apresentados no mesmo estudo. A minha teoria e que os outros nomes eram muito fraquinhos nao cumprindo nenhum dos principais requisitos para ter uma marca impactante e que, nesse sentido, Xbox foi um mal menor.
    Mas isto sao tudo teorias. O que e certo e que a marca que foi lancada em 2001, conseguiu criar um espaco no Mercado dos jogos de video e rivalizar com os lideres Playstation e Nintendo. Se olharmos para as vendas mundiais de consolas de 7a geracao (a ultima disponivel no Mercado), a Xbox 360 esta num destacadissimo 2o lugar a frente da rival Playstation 3. Moral da historia: agradecer aos tipos do marketing por terem tido a abertura para testar todas as alternativas de nome!

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  2. Xavier forever!ou será Javier?

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